21
Ago 15

SozinhoFeliz.jpg

Marta Medeiros

Depois de um bom tempo dizendo que eu era a mulher da vida dele, um belo dia eu recebo um e-mail dizendo: 'olha, não dá mais'. Tá certo que a gente tava quase se matando e que o namoro já tinha acabado mesmo, mas não se termina nenhuma história de amor (e eu ainda o amava muito) com um e-mail, não é mesmo? Liguei pra tentar conversar e terminar tudo decentemente e ele respondeu: mas agora eu to comendo um lanche com amigos'. Enfim, fiquei pra morrer algumas semanas até que decidi que precisava ser uma mulher melhor para ele. Quem sabe eu ficando mais bonita, mais equilibrada ou mais inteligente, ele não volta pra mim? Foi assim que me matriculei simultaneamente numa academia de ginástica, num centro budista e em um curso de cinema. Nos meses que se seguiram eu me tornei dos seres mais malhados, calmos, espiritualizados e cinéfilos do planeta. E sabe o que aconteceu? Nada, absolutamente nada, ele continuou não lembrando que eu existia. Aí achei que isso não podia ficar assim, de jeito nenhum, eu precisava ser ainda melhor pra ele, sim, ele tinha que voltar pra mim de qualquer jeito! Pra isso, larguei de vez a propaganda, que eu não suportava mais, e resolvi me empenhar na carreira de escritora, participei de vários livros, terminei meu próprio livro, ganhei novas colunas em revistas, quintupliquei o número de leitores do meu site e nada aconteceu. Mas eu sou taurina com ascendente em áries, lua em gêmeos, filha única! Eu não desisto fácil assim de um amor, e então resolvi tinha que ser uma super ultra mulher para ele, só assim ele voltaria pra mim. Foi então que passei 35 dias na Europa, exclusivamente em minha companhia, conhecendo lugares geniais, controlando meu pânico em estar sozinha e longe de casa, me tornando mais culta e vivida. Voltei de viagem e tchân, tchân, tchân, tchân: nem sinal de vida. Comecei um documentário com um grande amigo, aprendi a fazer strip, cortei meu cabelo 145 vezes, aumentei a terapia, li mais uns 30 livros, ajudei os pobres, rezei pra Santo Antonio umas 1.000 vezes, torrei no sol, fiz milhares de cursos de roteiro, astrologia e história, aprendi a nadar, me apaixonei por praia, comprei todas as roupas mais lindas de Paris. Como última cartada para ser a melhor mulher do planeta, eu resolvi ir morar sozinha. Aluguei um apartamento charmoso, decorei tudo brilhantemente, chamei amigos para a inauguração, servi bom vinho e comidinhas feitas, claro, por mim, que também finalmente aprendi a cozinhar. Resultado disso tudo: silêncio absoluto. O tempo passou, eu continuei acordando e indo dormir todos os dias querendo ser mais feliz para ele, mais bonita para ele, mais mulher para ele. Até que algo sensacional aconteceu... Um belo dia eu acordei tão bonita, tão feliz, tão realizada, tão mulher, que eu acabei me tornando mulher DEMAIS para ele. Ele quem mesmo???

"NASCEMOS E MORREMOS SÓS...........POR ISSO A NOSSA VIDA ESTÁ EM NOSSAS MÃOS...É UMA BAITA SACANAGEM DEIXAR PRO OUTRO A RESPONSABILIDADE DE NOS FAZER FELIZ, POIS SOMOS TOTALMENTE RESPONSÁVEIS PELA VIDA QUE OPTAMOS TER!!!!"

publicado por Zui às 14:04

20
Ago 14
por Cris Guerra - 8 de Junho de 2014 - Veja BH

A pergunta era sobre o ciclo vital. Francisco pulou da cadeira dizendo “Essa eu sei: nasce, cresce, reproduz, envelhece e morre!”. O conteúdo da resposta fez mais efeito que sua prontidão. Tentei esboçar um sorriso, mas o que fiz foi tomar um jato para bem longe dali. Na vista aérea da minha vida, constatei: estou na quarta fase do ciclo vital.

Não pode ser, outro dia mesmo eu tinha 12 anos - e a Barsa é que sabia tudo, não o Google. Vivia seguindo os passos dos meus irmãos. O mais velho foi sócio do extinto Videoclube do Brasil, na Savassi, e devorava um ou dois filmes por dia. De um canto escondido da sala, eu pescava trechos de Woody Allen e Mel Brooks. Da comédia passava ao drama: ia bisbilhotar os livros do outro irmão, que cursava psicologia, a fim de aliviar minhas dores inexplicadas.

A ignorância é uma alavanca. Mas é dela que acusamos o juiz que deixa passar a falta cometida pelo adversário: “Ignorante!” - perfeito para ofender com certa erudição o autor de um ato que nos desagrade. Sem perder a elegância e com o mesmo efeito de um palavrão.

Ignorantes são os outros. Para eles, no entanto, há solução. Para a falta de inteligência, não. Por ser um estado transitório, ignorância não deveria ser xingamento. O uso desgastado da palavra é que poderia ser definido com a própria. Todos ignoramos inúmeros assuntos. O mesmo fazemos com outras culturas e formas de pensar - e aí nasce o preconceito.

Na livraria, diante da tela do computador ou vendo alguém contar sobre uma viagem distante, sinto que me falta o infinito a conhecer. Seria angustiante se não fosse, antes de tudo, um alento. Quantas primeiras vezes ainda virão? Ignorância é uma espécie de juventude.

Hoje em dia é comum tomar uma ponte aérea e encontrar na poltrona ao lado um passageiro de origem simples, desgastado pelo tempo, mas feliz como criança - há certo frescor em estrear um voo a essa altura da vida. Perigo é saber tudo (ou achar que sabe) e, saciado de informação, abandonar a escola e a troca.

O que me lembra uma crônica da Leila Ferreira contando de uma amiga que, já na idade madura, se envolveu com um pescador que falava “menas”. Ignorou a pronúncia equivocada e focou o prazer proporcionado pelo moço. Adotou como lema: “Menas é mais”.

Simplificar a vida é uma forma de inteligência - e para isso é preciso saber ignorar algumas coisas. Como as rugas, cujos detalhes a minha vista cansada me faz a gentileza de ocultar. Alguns dias atrás fui costurar retalhos numa calça do Francisco e tive de usar os óculos de grau, há pouco inseridos na minha rotina. Passei na frente de um espelho e tive a rápida impressão de ser sábia. Depois tirei os óculos e passou.

Talvez haja em mim uma criança que ouve tudo como se fosse novidade. Envelhecer tem me aumentado a vontade de aprender. A diferença é que algumas coisas eu definitivamente não tenho mais interesse em desvendar. Saber tudo está longe de ser sabedoria.

publicado por Zui às 08:55

26
Jun 14

por Cris Guerra

Deve ser muito bom poder tirar férias de mim. Como não tenho esse privilégio, guardo para o meu amor a alegria de conviver com minha ausência periodicamente.
Da vida a dois, aprendi que a falta é tão importante quanto a presença. Pode parecer frieza. Prefiro chamar de sabedoria. Há outras formas de estar junto, tão intensas quanto o olho no olho. Um bilhete ao lado das chaves do carro, bem na hora de sair de casa. Uma mensagem lá de longe para dizer que o pensamento está perto. Gestos bobos que são costumes divinos, cujo cultivo tenho gosto em praticar.
As tradições se afastaram de mim tão logo nasci. Em minha vida, como no dicionário, nascimentos sucederam mortes, dando aos desfechos certo gosto de vitória.
Paradoxalmente, ao fugir dos lugares-comuns, encontrei significado nos rituais. Alguém me disse um dia que para o amor era fundamental a cerimônia - o que ouvi indignada. Foi preciso mais um bom tempo até compreender.
Cerimônia é guardar o melhor para o outro. É permanecer humano, sim. Mas exercitar o sagrado gesto de guardar as mazelas para si - sempre que possível. Quando houver motivo para dividir os insucessos, medos e tristezas, o outro se encarregará de desvendá-los. Ou não fará sentido estar junto.
O casamento é um ritual que aprecio, embora incoerente: parece funcionar como permissão para que se abandonem todos os outros. Depois de tanta expectativa e cuidado com os detalhes, a vida perde a compostura e invade a festa como um tsunami. O amor afoga-se num canto, emaranhado nas rusgas do cotidiano, e os problemas que eram só do outro tomam espaço no armário conjunto. Entre afazeres, documentos, maus humores e louça suja, a celebração do afeto não encontra mais espaço - ele está tomado pela rotina.
Sim, construções são feitas dia a dia. Contudo, é preciso perspicácia para fugir das armadilhas do cotidiano. 

Guardo segredos até de mim mesma. Treino o respeito ao que pertence só ao outro - quem sobrevive ao sol ardente, sem sombra ou refresco? 
Sabe a sensação de ser bem recebido num hotel cinco-estrelas? O mensageiro o acompanha até o quarto e abre as janelas, põe a TV para funcionar e lista os serviços que estão à sua disposição. Depois você fecha a porta com a certeza de ser especial. Mesmo que saiba que ele vai fazer o mesmo por todos os outros que ali se hospedarem. Há algo especial no ritual de tratar bem. 
Não existe receita para trazer de volta o aroma das flores do campo. E o mistério e o encanto são justamente este: receber o outro a cada dia como se fosse um novo hóspede.
Eu faço assim: a cada vinda dele ao meu mundo, abro a porta, afofo a cama, trago o jantar na bandeja, sirvo um espumante para comemorar nada. Reservo toalha branca para o banho quente, invento um sorriso novo, deixo bombom sobre o travesseiro na hora de dormir. 
O carinho de me guardar para o outro é o mesmo que reservo para mim. Alimento a esperança de amanhecer diferente, capaz de fazer a mim mesma uma surpresa. Para que a vida me seja fresca e encontre sempre um novo sentido ao lado dele.
“Jamais abandone os rituais”, alguém me disse recentemente. E eu ouvi.

 

http://vejabh.abril.com.br/edicoes/cronica-rituais-cris-guerra-759707.shtml

 

publicado por Zui às 02:20

29
Jan 14

 

 

Todas as vezes que escrevo sobre energias, mais precisamente sobre o relacionamento energético entre os seres humanos, recebo dezenas de mensagens de leitores reclamando e pedindo soluções para o roubo de energia. Essas pessoas sempre apontam colegas de trabalho, familiares, amigos e determinados locais como os responsáveis pela sua debilidade energética. Não posso negar que realmente existem pessoas complicadas e ambientes não muito agradáveis. Hoje chamaremos a atenção de vocês para alguns aspectos importantes. Por mais que existam pessoas desequilibradas e difíceis nós é que somos responsáveis pelas nossas energias e cabe a cada um de nós preservá-la e administrá-la da melhor forma possível. Existem “receitinhas”, orações, banhos, cristais e um arsenal de proteção, que são válidos e eficientes até um certo ponto. Porque aquele que não assume a responsabilidade por suas venturas e desventuras sempre estará vulnerável às energias ao seu redor. Sabe por que o outro rouba a sua energia? Porque você deixa a porta aberta!!! E depois ainda diz que a culpa é do outro… Para ajudar a refletir, fiz uma listagem de doze atitudes (e olhe que a lista é imensa!) que gastam uma tremenda energia vital. Uma vez desvitalizado e sem proteção fica fácil para qualquer um chegar perto e perturbar seu equilíbrio. Use esta listagem também para pensar porque a prosperidade às vezes passa longe de você. A energia que seria usada para atrair o bem, a felicidade, o amor, o dinheiro acaba sendo gasta de forma inadequada. Confira a listagem e veja o que precisa ser modificado em sua vida!

1. A FALTA DE CUIDADO COM O CORPO E HÁBITOS Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis, exercícios físicos e o lazer sempre são colocados em segundo plano. A correria da vida diária e a competitividade das grandes cidades faz com que acabemos negligenciando aspectos básicos para a manutenção de nossa saúde energética. Quando a saúde física está comprometida, a aura se ressente, ficando menor e menos brilhante, comprometendo nosso sistema de defesa energético. Os exercícios físicos são sempre úteis por nos ajudar a movimentar e eliminar as energias estáticas. As pessoas que são dependentes químicos apresentam verdadeiros rombos na aura e isso as predispõe a toda sorte de assédios espirituais e vampirismo energético.

2. PENSAMENTOS OBSESSIVOS. Pensar gasta energia e todos nós sabemos disso: ficar remoendo um problema cansa mais do que um dia inteiro de trabalho corporal. Quem não tem domínio sobre seus pensamentos e esse é, aliás, um mal do homem ocidental, torna-se escravo da mente e acaba gastando muita energia. Pensamos tanto que não sobra vitalidade para tomar uma atitude concreta e, o pior, alimentamos ainda mais o conflito. Devemos não só estar atentos ao volume de pensamentos, mas também à qualidade deles. Pensamentos positivos, éticos e elevados nos recarregam, ao passo que a negatividade e pessimismo consomem energia e atraem mais negatividade para nossas vidas. Observe: pensando você conseguiu resolver o problema? Quase sempre a resposta é ‘não’. Então, mude de atitude. Relaxe, use uma música suave e entregue o problema para o universo resolver. Mesmo que isso aconteça apenas por alguns poucos minutos. Durante esse tempo sua mente estará descansando. Quando a mente silencia, permite que sua intuição, seu anjo da guarda, Deus, Eu Superior ou o que você acreditar, converse com você e lhe traga inspiração e criatividade e isso se reverte em mais energia. Os meus alunos têm semanalmente 2 horas para fazer isso, o resultado é muito bom. Que privilégio, não?!!!!

3. SENTIMENTOS TÓXICOS. Se você sofre um choque emocional ou sente uma raiva intensa, pode estar certo, até o final do dia estará simplesmente esgotado energeticamente. Juntamente com a raiva você queimou altas doses de sua energia pessoal. Imagine agora um ser que nutre ressentimentos e mágoas, às vezes durante anos seguidos. De onde você acha que vem o combustível para alimentar esses sentimentos tão densos? Não é à toa que muitas dessas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas, afinal, a energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade está sendo gasta na manutenção de sentimentos negativos. Medo gasta energia, culpa também, já a ansiedade descompassa a vida. Por outro lado, os sentimentos positivos e elevados, como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a solidariedade, a auto-estima e principalmente a alegria e bom humor recarregam nossa energia e nos dão força para empreender projetos e superar obstáculos.

4. FUGIR DO PRESENTE. Onde eu coloco a minha atenção aí coloco a minha energia. É tendência freqüente do ser humano achar que no passado as coisas eram mais fáceis: ‘bons tempos aqueles!”. Tanto os saudosistas, que se apegam aos prazeres do passado, quanto aqueles que não conseguem esquecer os traumas e desatinos de tempos atrás, estão colocando suas energias no passado. Por outro lado temos os sonhadores ou aqueles que vivem numa eterna expectativa do futuro, depositando nele sua felicidade e realização. Viver no tempo passado ou futuro faz com que sobre pouca ou nenhuma energia no tempo presente. E é somente no presente que você constrói sua vida. O passado e o futuro dependem unicamente do seu momento presente. Aquele que vive sempre no tempo errado não tem em mãos uma dose de energia suficiente para se proteger das energias e locais densos.

5. FALTA DE PERDÃO. Perdoar significa soltar. Soltar ressentimentos, mágoas, culpas. Soltar o que aconteceu e olhar somente para a frente e viver o presente. Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos e gastamos menos energia alimentando feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus caminhos livres e abertos para a felicidade. Aquele que não sabe perdoar os outros e a si mesmo, fica ‘energeticamente obeso’, carregando fardos do passado e isso requer muita energia.

6. MENTIRA PESSOAL. Todos nós mentimos ao longo de nossas vidas e sabemos quanta energia é gasta posteriormente para sustentar a mentira e, quase sempre, acabamos sendo pegos. Imagine agora quando ‘você é a mentira’. Quanta energia gastamos para sustentar caras, poses, desempenhos que não são autênticos!!! Somos educados para desempenhar papéis e não para sermos nós mesmos. A mocinha boazinha, o machão, a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai enérgico, a mártir, o intelectual, a lista é enorme. Quando somos nós mesmos a vida flui e tudo acontece com pouquíssimo esforço. O mesmo não é válido quando queremos desempenhar um papel que não é o nosso.

7. VIVER A VIDA DO OUTRO. Ninguém vive só, através dos relacionamentos interpessoais evoluímos e nos realizamos. Mas é preciso ter noção de limites e saber amadurecer também nossa individualidade. Esse equilíbrio que traz senso de limite e respeito por si e pelo espaço do outro nos resguarda energeticamente e nos recarrega. Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria vida. O único prêmio, nesse caso, será a frustração. Quando interferimos na vida alheia, nos misturamos com o carma negativo do outro e trazemos isso para nossa vida.

8. BAGUNÇA E PROJETOS INACABADOS. A bagunça afeta de forma muito negativa as pessoas, causando confusão mental e emocional. Um truque bem legal para os períodos confusos é arrumar a casa, os armários, gavetas, a bolsa, os documentos e tudo o que mereça uma boa faxina. À medida em que ordenamos e limpamos os objetos, também colocamos em ordem a mente e o coração. Pode não resolver o problema, mas nos ajuda bastante e traz um grande alívio. Outra forma bem eficiente de perder energia é não terminar tarefas. Todas as vezes, por exemplo, que você vê aquela blusa de tricô que não concluiu, ela lhe diz inconscientemente: “você não me terminou! Você não me terminou! E isso gasta uma energia tremenda! Ou você termina definitivamente a blusa ou livre-se dela e assuma que não vai terminá-la. O importante é tomar uma atitude. O desenvolvimento do auto-conhecimento, da disciplina e da determinação farão com que você não invista em projetos que não serão concluídos e que apenas consumirão tempo e energia. E lembre-se, bagunça e sujeira são ótimas moradas para energias densas e desarmoniosas.

9. AFASTAMENTO DA NATUREZA. A Natureza é nossa maior fonte de alimento energético e, além de nutrir, também nos limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita e trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte maravilhosa de energias. A competitividade, o individualismo e o estresse das grandes cidades agravam esse quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e são sugados em suas energias vitais. Procure, sempre que possível, estar junto à Natureza. Você também pode trazê-la para dentro de sua casa ou local de trabalho. Além de um ótimo recurso decorativo, as plantas humanizam os ambientes, nos acalmam e absorvem as energias negativas e poluentes.

10. PREGUIÇA, NEGLIGÊNCIA. E falta de objetivos na vida. Esse ítem não requer muitas explicações: negligência com a sua vida denota também negligência com seus dons e potenciais e, principalmente, com sua energia vital. Aquilo do que você não cuida, alguém vem e leva embora. O resultado: mais preguiça, moleza, sono….

11. FANATISMO. Passa um ventinho: “Ai meu Deus!!!! Tem energia ruim aqui!!!” Alguém olha para você: “Oh! Céus, ela está morrendo de inveja de mim!!!” Enfim, tudo é espírito ruim, tudo é energia do mal, tudo é coisa do outro mundo. Essas pessoas fanáticas e sugestionáveis também adoram seguir “mestres e gurus” e depositar neles a responsabilidade por seu destino e felicidade. É fácil, fácil manipular gente assim e não só em termos de energia, mas também em relação à conta bancária!

12. FALTA DE ACEITAÇÃO. Pessoas revoltadas com a vida e consigo mesmas, que não aceitam suas vidas como elas são, que rejeitam e fazem pouco caso daquilo que têm. Esses indivíduos vivem em constante conflito e fora do seu eixo. E, por não valorizarem e não tomarem posse dos seus tesouros – porque todos nós temos dádivas – são facilmente ‘roubáveis’. O importante é aprender a aceitar e agradecer tudo o que temos (não confundir com acomodação). Quando você agradece e aceita fica em estado vibracional tão positivo que a intuição e a criatividade são despertadas. Surgem, então, as possibilidades de transformar a vida para melhor!

 

Vera Caballero é Professora de Yoga, numeróloga, terapeuta floral, reiki master, massoterapeuta, ministra cursos e palestras sobre Bioenergias. Articule sua mente Observe a respiração http://www.facebook.com/corpoinconsciencia

publicado por Zui às 20:46

07
Jan 14

 

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil. Diz o Alberto Caeiro que “não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma“. Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Aí a gente que não é cego abre os olhos. Diante de nós, fora da cabeça, nos campos e matas, estão as árvores e as flores. Ver é colocar dentro da cabeça aquilo que existe fora. O cego não vê porque as janelas dele estão fechadas. O que está fora não consegue entrar. A gente não é cego. As árvores e as flores entram. Mas - coitadinhas delas - entram e caem num mar de idéias. São misturadas nas palavras da filosofia que mora em nós. Perdem a sua simplicidade de existir. Ficam outras coisas. Então, o que vemos não são as árvores e as flores. Para se ver e preciso que a cabeça esteja vazia.

Faz muito tempo, nunca me esqueci. Eu ia de ônibus. Atrás, duas mulheres conversavam. Uma delas contava para a amiga os seus sofrimentos. (Contou-me uma amiga, nordestina, que o jogo que as mulheres do Nordeste gostam de fazer quando conversam umas com as outras é comparar sofrimentos. Quanto maior o sofrimento, mais bonitas são a mulher e a sua vida. Conversar é a arte de produzir-se literariamente como mulher de sofrimentos. Acho que foi lá que a ópera foi inventada. A alma é uma literatura. É nisso que se baseia a psicanálise...) Voltando ao ônibus. Falavam de sofrimentos. Uma delas contava do marido hospitalizado, dos médicos, dos exames complicados, das injeções na veia - a enfermeira nunca acertava -, dos vômitos e das urinas. Era um relato comovente de dor. Até que o relato chegou ao fim, esperando, evidentemente, o aplauso, a admiração, uma palavra de acolhimento na alma da outra que, supostamente, ouvia. Mas o que a sofredora ouviu foi o seguinte: “Mas isso não é nada...“ A segunda iniciou, então, uma história de sofrimentos incomparavelmente mais terríveis e dignos de uma ópera que os sofrimentos da primeira.

Parafraseio o Alberto Caeiro: “Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma.“ Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor. No fundo somos todos iguais às duas mulheres do ônibus. Certo estava Lichtenberg - citado por Murilo Mendes: “Há quem não ouça até que lhe cortem as orelhas.“ Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil da nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos... Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos, estimulado pela revolução de 64. Pastor protestante (não “evangélico“), foi trabalhar num programa educacional da Igreja Presbiteriana USA, voltado para minorias. Contou-me de sua experiência com os índios. As reuniões são estranhas. Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. (Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, como se estivessem orando. Não rezando. Reza é falatório para não ouvir. Orando. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as idéias estranhas. Também para se tocar piano é preciso não ter filosofia nenhuma). Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito. Pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que julgava essenciais. Sendo dele, os pensamentos não são meus. São-me estranhos. Comida que é preciso digerir. Digerir leva tempo. É preciso tempo para entender o que o outro falou. Se falo logo a seguir são duas as possibilidades. Primeira: “Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava eu pensava nas coisas que eu iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado.“ Segunda: “Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.“ Em ambos os casos estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada. O longo silêncio quer dizer: “Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.“ E assim vai a reunião.

Há grupos religiosos cuja liturgia consiste de silêncio. Faz alguns anos passei uma semana num mosteiro na Suíça, Grand Champs. Eu e algumas outras pessoas ali estávamos para, juntos, escrever um livro. Era uma antiga fazenda. Velhas construções, não me esqueço da água no chafariz onde as pombas vinham beber. Havia uma disciplina de silêncio, não total, mas de uma fala mínima. O que me deu enorme prazer às refeições. Não tinha a obrigação de manter uma conversa com meus vizinhos de mesa. Podia comer pensando na comida. Também para comer é preciso não ter filosofia. Não ter obrigação de falar é uma felicidade. Mas logo fui informado de que parte da disciplina do mosteiro era participar da liturgia três vezes por dia: às 7 da manhã, ao meio-dia e às 6 da tarde. Estremeci de medo. Mas obedeci. O lugar sagrado era um velho celeiro, todo de madeira, teto muito alto. Escuro. Haviam aberto buracos na madeira, ali colocando vidros de várias cores. Era uma atmosfera de luz mortiça, iluminado por algumas velas sobre o altar, uma mesa simples com um ícone oriental de Cristo. Uns poucos bancos arranjados em “U“ definiam um amplo espaço vazio, no centro, onde quem quisesse podia se assentar numa almofada, sobre um tapete. Cheguei alguns minutos antes da hora marcada. Era um grande silêncio. Muito frio, nuvens escuras cobriam o céu e corriam, levadas por um vento impetuoso que descia dos Alpes. A força do vento era tanta que o velho celeiro torcia e rangia, como se fosse um navio de madeira num mar agitado. O vento batia nas macieiras nuas do pomar e o barulho era como o de ondas que se quebram. Estranhei. Os suíços são sempre pontuais. A liturgia não começava. E ninguém tomava providências. Todos continuavam do mesmo jeito, sem nada fazer. Ninguém que se levantasse para dizer: “Meus irmãos, vamos cantar o hino...“ Cinco minutos, dez, quinze. Só depois de vinte minutos é que eu, estúpido, percebi que tudo já se iniciara vinte minutos antes. As pessoas estavam lá para se alimentar de silêncio. E eu comecei a me alimentar de silêncio também. Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir. Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras. E música, melodia que não havia e que quando ouvida nos faz chorar. A música acontece no silêncio. É preciso que todos os ruídos cessem. No silêncio, abrem-se as portas de um mundo encantado que mora em nós - como no poema de Mallarmé, A catedral submersa, que Debussy musicou. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Me veio agora a idéia de que, talvez, essa seja a essência da experiência religiosa - quando ficamos mudos, sem fala. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar. Para mim Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto...

Livro O amor que acende a lua - pág. 65 - Rubem Alves

Fonte: http://www.rubemalves.com.br/escutatorio.htm

Ler mais: http://www.educacaoemocional.com/news/escutatorio/

publicado por Zui às 10:05

William Shakespeare

Depois de algum tempo você aprende a diferença, 
A sutil diferença entre dar uma mão e acorrentar uma alma, 
E você aprende que amar não é apoiar-se 
E que companhia nem sempre significa segurança, 
E começa aprender que beijos não são contratos, 
E presentes não são promessas. 

E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, 
Com a graça de um adulto, e não com a tristeza de uma criança 
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, 
Porque o terreno de amanhã é incerto demais para os planos, 
E o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. 

Aprende que falar pode curar dores emocionais 
Descobre que se leva anos para construir uma confiança 
E apenas segundos para destruí-la. 
E que você pode fazer coisas em um instante, 
Das quais se arrependerá pelo resto de sua vida. 

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer 
Mesmo a longa distância, 
E o que importa não é o que você tem na vida, 
Mas quem você tem na vida. 
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. 

Aprende que não temos que mudar de amigos 
Se compreendermos que os amigos mudam, 
Percebe que o seu melhor amigo e você 
Podem fazer qualquer coisa ou nada 
E terem bons momentos juntos. 

Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que o ame 
Não significa que esse alguém não o ame com tudo que pode 
Pois existem pessoas que nos amam 
Mas simplesmente não sabe como demonstrar ou viver com isso. 

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém 
Algumas vezes você tem que aprender a perdoar a si mesmo 
Aprende que com mesma severidade com que você julga 
Você será em algum momento condenado. 

Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, 
O mundo não pára para que você o conserte, 
Aprende que tempo é algo que não pode voltar para trás, 
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, 
Ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. 

E você aprende que realmente pode suportar, que realmente é forte, 
E que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. 
E que a vida realmente tem valor, 
E que você tem valor diante da vida. 
E você finalmente aprende que nossas dúvidas são traidoras 
E nos faz perder o bem que poderíamos conquistar, 
Se não fosse o medo de tentar... 

Ler mais: http://www.educacaoemocional.com/news/aprender-william-shakespeare-/

publicado por Zui às 09:56

28
Nov 13

Está pensando em ter um bebê? Leia estas informações...

Mulher: para se preparar para a metrnidade, vista uma camisola e prenda um saco de feijão na barriga. Fique assim por 9 meses. Depois disso, tire 10% dos feijões.

Homem: vá a farmácia, esvazie a carteira sobre o balcão e diga ao atendente para pegar o que quiser. Depois vá ao supermercado e acerte para que seu salário seja pago diretamente no escritório central.

Para saber como serão suas noites, ande pela casa das 5 às 10 da noite, carregando um saco molhado pesando de 3 a 5 kg. As 10 horas, largue o saco. ajuste o despertador para meia-noite e vá para a cama. levante-se à meia-noite e caminhe pela sala com o saco até 1 da manhã. Acerte o despertador para as 3. Não conseguindo dormir de novo, levante-se às 2 e prepare um leite. Vá para a cama às 2:45h. Levante-se quando o despertador tocar, às 3h. Programe o despertador para às 5. Levante-se, Prepare o café da manhã. Faça isso durante 5 anos. Conserve o bom-humor.

Tire o miolo de um melão e faça um buraco na lateral, mais ou menos do tamanho de uma bola de t~enis. Com um barbante, pendure-o no teto e balance-o de um lado para o outro. Em seguida, apanhe uma tigela de papinha e tente por colheradas da mistura no buraco feito no melão, fingindo que é um aviãozinho; Continue até conseguir introduzir metade da papinha. Despeje o resto no seu colo. Agora você já sabe dar comida a um bebê de 1 ano. Querendo se preparar para quando as crianças começarem a andar, espalhe manteiga no sofá e geléia em todas as cortinas. Esconda um pedaço de peixe frito atrás do aparelho de som e deixe-o lá por alguns meses.

Vestir crianças pequenas não é tão fácil quanto parece. Primeiro, compre um polvo e uma sacola de amarrar. Tente colocar o polvo dentro da sacola de forma que nenhum dos tentáculos escape. Tempo para a tarefa: a manhã inteira!

Compre um sorvete de chocolate, coloque-o no porta-luvas do carro e deixe-o ali. Enfie uma moeda de 0,50 no cd player. Amasse um pacote de biscoito de chocolate no anco traseiro. Risque ambos os lados do carro com uma chave. Pronto, seu carro está perfeito para a família!

Apronte-se para sair. Esere do lado de fora do banheiro durante meia hora. Saia pela porta da frente. Volte para dentro. Saia. Entre de novo. Torne a sair e vá até o portão. Retorne à casa. Volte ao portão. Ande pela rua bem devagar por 5 minutos. Detenha-se para examinar cada ponta de cigarro, pedaço de chicletes, lenço de papel sujo e inseto morto que houver pelo caminho. Retorne. Grite que não aguenta mais até os vizinhos saíres de casa e olharem espantados para você. Agora você já pode levar uma criancinha pra passear!

Vá ao supermercado levando consigo o que encontrar de mais parecido com uma criança em idade pré-escolar: uma cabra adulta seria o ideal. Se pretende ter mais de um filho,leve mais de uma cabra. Faça as compras da semana sem perder os animais de vista. Pague tudo que elas comerem ou destruírem.

Aprenda os nomes dos Backyardigans. Quando se pegar cantarolando Pó pó pó no banheiro, estará preparado para ter filhos.

Repita sempre tudo que disser pelo menos 5 vezes.

Antes de ir em frente e ter filhos, procure um casal que os tenha e censure seus métodos de disciplina, a falta de paciência e o fato de terem deixado as crianças se tornarem incontroláveis. Sugira de que modo poderiam melhorar os hábitos de dormir dos filhos, triná-los para deixar as fraldas, portar-se à mesa e melhorar o comportamento em geral. Aproveite esse nmomento. Será a última vez na vida que você terá soluções para todos os problemas!!!!

publicado por Zui às 22:38

29
Out 13

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Livros para uma vida

Dezoito educadores selecionaram 204 obras essenciais para serem lidas do Ensino Infantil ao Ensino Médio

publicado por Zui às 17:02

06
Out 13


Partes de um texto de Adriano Moneta, na revista Pais & Filhos de agosto/2013

 

"Quando meu pai morreu, há 4 meses, olhei pra trás e revivi todos os bons momentos que passei com ele ao longo da vida.

O pai é sempre o herói, mas no meu caso, houve alguns percalços...

... Meu pai brigava muito comigo, dava broncas, enfim, não se doava tanto quanto eu gostaria. Talvez isso explique as poucas mas excelentes lembranças que tenho dele na infância...

A verdade que eu descobri bem mais tarde é que a gente nunca entende o pai até virar pai. E isso aconteceu em 1999 quando minha filha nasceu. Ao decidir fazer com ela tudo diferente do que meu pai fez comigo (qual de vocês nunca pensou assim?) comecei a entender que o buraco era mais embaixo e o desfio de ser diferente começava justamente em compreender os porquês do que ele havia sido pra mim.

Foi então que tudo mudou. Ao criar o amor da minha vida, Isabela, em cada atitude eu via meu pai.

Ser pai é um dom. Não basta gerar. 

Tem que participar da criação e arcar com todas as responsabilidades que o "cargo" exige. Cargo vitalício e muito importante.

O amor que eu sinto por Isabela me arrebata. E tamanho sentimento fez crescer o amor que eu sentia pelo meu pai, depois que entendi tudo que ele foi pra mim na infância e adolescência.

Nós últimos 10 anos nossa relação mudou. Passamos a ser pai e filho de verdade. Um amor que nunca houve nasceu. Enxerguei o quanto ele foi importante. Mesmo sempre nervoso, foi homem suficiente para arcar com a responsabilidade de criar 3 filhos se nunca ter fugido de suas obrigações. Meu pai me ensinou a ter caráter e trabalhar de forma honesta.

Quando o caixão se fechou naquela tarde de 11 de março de 2013 (10 de janeiro...), tapando seu rosto, meu coração trincou para sempre - e nunca cicatrizará. Eu pensava que fosse "obra da vida" - coisa normal - a gente enterrar os pais, mas sinceramente não esperava que doesse tanto. Ao carregá-lopara a tumba, minhas memórias borbulhavam e enchiam meus olhos de lágrimas. Minha filha estava comigo, me abraçando. Foi um conforto, pois uma parte de mim estava indo embora para sempre, outra parte, talvez a mais nobre, me lembrava que a vida deveria continuar e que todos somos feitos de amor, alegrias e lágrimas, ingredientes que senti de forma intensa a vida toda ao lado de meu pai, que resolveu descansar cedo demais, mas a tempo de nos refazermos."


Saudade! quase 9 meses, mas a saudade só aumenta...

publicado por Zui às 21:27


Você conversará com seu corpo durante nove meses, e ele irá responder com socos e chutes e uma fúria incontrolável. Saberá, enfim, o que é vontade de viver. Você vai querer ficar sozinha para sentir saudade do mundo. Você entenderá finalmente que a fé não deixa o amor terminar. Você vai perdoar os medos mais antigos e abraçará sua mãe como se fosse uma nova amiga. Você vai sonhar com o rosto de sua filha e receberá qualquer pressentimento com a certeza de uma notícia.Você ficará me olhando em segredo para ver quais traços que ela vai herdar de mim. Você me amará o dobro e ainda será pouco. Você se amará o triplo e ainda será pouco. Você amará sem pedir resposta. Você mudará sua audição. E escutará o que carrega dentro do coração como se estivesse fora. Você agirá primeiro para depois reclamar.Você será adulta de verdade, pois vê que alguém depende agora só de sua palavra. A responsabilidade continuará a felicidade. Você cuidará da respiração como um relógio. Você estará sempre aproveitando uma gaveta para ampliar o passado. Você se interessará por todas as mães que estão conduzindo carrinhos na rua. Você terá piedade de jogar fora cartões, cartas e bilhetes.Você colecionará exames médicos. Você pensará na infância fora da infância. Comprará brinquedos para divertir a residência. Você não terá mais arrependimento, mas promessas. Você contará sua história do início mais remoto pelo prazer de estar acompanhada. Você pensará diferente para respeitar sua filha, você será diferente para se igualar ao seu pai. Você cantará músicas que não cantava há muito tempo. Você adormecerá fora de hora, com um livro na mão ou no meio do filme. Você aceitará que algo quebre, algo estrague, algo não vingue sem escândalo. A paciência é a paz que você necessitava. Você festejará o sol que aparecerá de repente na janela ou no varal. Você antecipará a chuva pelo vento na nuca. Você acompanhará a gestação pelo reflexo nas vitrines. Você passará o dia respondendo perguntas que ainda não foram feitas.Você aceitará a imperfeição como charme. Aceitará o erro como carisma. Aceitará a falha como parte da personalidade. Você terá um motivo a mais para voltar para casa. E também aproveitará bem mais cada saída de casa.Você se tornará uma médica leiga, com direito a caixinha de farmácia na despensa. Você não achará nenhuma dúvida ridícula, nenhuma pergunta tola. Você será mãe. Escutar isso da própria filha é inexplicável, dá um aperto nos olhos.

Fabrício Carpinejar

http://revistapaisefilhos.uol.com.br/blogs-e-colunistas/luneta-magica/sofia

publicado por Zui às 20:25

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